Fr. José Mariano Veloso
(1742-1811)

 

Nota biobibliográfica do Dicionário Bibliográfico Português

FR. JOSÉ MARIANNO DA CONCEIÇÃO VELLOSO, Franciscano da provincia da Conceição do Rio de Janeiro, d'onde veiu para Portugal, ao que supponho, em companhia de Luis de Vasconcellos e Sousa, vice-rei que fôra no Brasil, quando este se recolheu do seu governo. Foi em Lisboa Director da Typographia Chalcographica, Typoplastica e Litteraria do Arco do Cego, creada em 1799 sob os auspicios de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, então ministro d'estado (1). Sendo este estabelecimento pouco tempo depois mandado incorporar na Imprensa Nacional por decreto de 7 de Dezembro de 1801, que se designava a esse tempo pelo titulo de Regia Officina Typographica, e passou a ter o de Impressão Regia, foi o P. Velloso nomeado para o logar de Director litterario da mesma juntamente com os professores Custodio José de Oliveira e Joaquim José da Costa e Sá, e o brasileiro Hypolito José da Costa, mencionados todos no presente Diccionario. Em remuneração dos servicos alli prestados e dos seus trabalhos botanicos, recebeu de D. João VI, então principe regente, a graduação ou patente de Padre ex-provincial da sua provincia, e uma pensão de 500$000 réis. Foi durante algum tempo Socio effectivo da Academia Real das Sciencias de Lisboa; porém desintelligencias que teve com aquella corporação fizeram que ella o riscasse do numero dos seus membros (vej. a este respeito o Investigador Portuguez n.º LXV, a pag. 22). Partindo para o Brasil em 1807 com a familia real, viveu ainda alguns annos no Rio de Janeiro, sempre entregue aos estudos botanicos, pelos quaes se tornou celebre. — N. na villa de S. José, comarca do Rio das Mortes, districto da capitania, hoje provincia de Minas-geraes, em 1742, segundo a melhor opinião, posto que alguns o dão nascido em 1732. M. a 14 de Julho de 1811. — Para a sua biographia vej. o Elogio historico pelo sr. Manuel Ferreira Lagos, inserto na Revista trimensal do Instituto, no supplemento ao tomo II, a pag. 40 e seguintes da primeira edição, ou de pag. 596 a 614 da reimpressão que do mesmo tomo se fez em 1858; e tambem a Bibl. historica de Portugal de J. Carlos Pinto de Sousa, de pag. 54 a 56. — Na contadoria da Imprensa Nacional, Livro do registo de informações e officios, a fol. 30, existe registada uma conta dada ao governo em 10 de Março de 1813 pelo então administrador geral Joaquim Antonio Xavier Annes da Costa, que, a ser verdadeiro o que n'ella se expõe, não depõe muito a favor do zêlo e diligencia com que o P. Velloso se houvera no tempo em que dirigiu aquella casa.

O referido Elogio historico apresenta no fim o Catalogo das obras compostas, traduzidas e publicadas pelo P. Velloso. D'elle o transcrevi para este artigo, com algumas pequenas observações e additamentos, como se verá confrontando um com outro.

4258) Florœ Fluminensis Icones fundamentales ad vivum expressœ jussu illustrissimi ac prœstantissimi domini Aloysii Vasconcellos & Sousa, a sacratioribus conciliis S. Magestatis, totius ditionis Brasiliœ mari terraque Prœtoris generalis, ac Pro-Regis IV Fluminensis &c. — Curante Fr. Josepho Marianno a Conceptione Velloso etc. París, 1790. Fol. 11 tomos.

Consta do catalogo do sr. Lagos, que este titulo é fielmente copiado dos onze volumes de estampas da Flora Fluminense, cujo manuscripto se conservava ainda em 1840 na Bibliotheca Publica do Rio de Janeiro. — O 1.º volume do texto, que se começára a imprimir na Typ. Nacional d'aquella côrte, e que não chegára a ser concluido, tem o titulo seguinte: Florœ Fluminensis, seu descriptionum plantarum Prœfectura Fluminensi sponte nascentium liber primus ad systema sexuale concinnatus Augustissimœ Dominœ nostrœ per manus Illlmi. ac Exmi. Aloysii de Vasconcellos & Sousa, Brasiliœ Pro-Regis Quart. &c. &c.

Em Lisboa, e antes da partida para o Rio de Janeiro, tractava o P. Velloso de dar esta obra á luz a expensas do Governo, tendo-se começado, não sei se ainda na Typographia do Arco do Cego, se já na Imprensa Nacional, a gravura das respectivas estampas, que ía grandemente adiantada. É o que se vê, bem como o destino que tiveram as chapas, pelo seguinte curioso paragrapho de um officio dirigido ao Governo em 31 de Agosto de 1808 pela Administração geral da Imprensa Nacional, registado a fol. 31 do Livro das consultas da Junta Administrativa, Economica e Litteraria, que existe n'aquelle estabelecimento, e me foi ha pouco comminicado pelo benemerito empregado da mesma repartição, o sr. F. A. de A. Pereira e Sousa, a quem muito deve este Diccionario.

Diz o alludido §:

«No dia 29 de Agosto de 1808 depois do meio dia, apresentou-se na Imprensa Regia Mr. Geoffroy St.-Hilaire com uma ordem de s. ex.ª o Duque de Abrantes, datada de 1 de Agosto, ordenando que se lhe entregassem 554 chapas pertencentes á Flora do Rio de Janeiro, de que era auctor Fr. José Marianno da Conceição Velloso, as quaes se entregaram, e levou comsigo na mesma sege em que veiu.»

Como não tive até agora a possibilidade de vêr algum exemplar da magnifica edição, que da Flora se fez á custa do Governo imperial, é possivel que na descripção que dou haja falta, ou inexactidão, que depois se rectificará.

4259) Fazendeiro do Brasil, melhorado na economia rural dos generos já cultivados, e de outros que se podem introduzir: e nas fabricas que lhe são proprias, segundo o melhor que se tem escripto a este assumpto, colligido de memorias estrangeiras por Fr. José Marianno da Conceição Velloso. Lisboa 1798 a 1806. 8.º gr. — Divide-se em 11 volumes, a saber:

Tomo I. Parte 1.ª Da cultura das canas e factura do assucar. 1798. Com 4 estampas.

Tomo I. Parte 2.ª Da cultura da cana do assucar e sua factura, extrahida da Encyclopedia Methodica. 1799. Com 8 estampas.

Tomo I. Parte 3.ª Do leite, queijo e manteiga. 1801. Com 2 estampas.

Tomo II. Parte 1.ª Tinturaria. Contém varias memorias sobre o anil, cultura e fabrico do urucú, etc. 1806. Com 14 estampas.

Tomo II. Parte 2.ª Tinturaria: cultura da indigoeira, e extracção da sua fecula. 1800. Com 13 estampas.

Tomo II. Parte 3.ª Tinturaria: cultura do cacteiro, e creação da cochonilha 1800. Com 3 estampas coloridas.

Tomo III. Parte 1.ª Bebidas alimentosas: cultura do café. 1800. Com 3 estampas.

Tomo III. Parte 2.ª Bebidas alimentosas: cultura do café. 1799. Com 23 estampas.

Tomo III. Parte 3.ª Bebidas alimentosas: cacáo, preparação do chocolate, etc. 1805.

Tomo IV. Parte 1.ª Especiarias. 1805. Com 3 estampas.

Tomo V. Parte. Filatura. 1800. Com 15 estampas.

A sahida do auctor para o Brasil fez suspender esta obra.

4260) Memoria sobre a cultura e preparação do girofeiro aromatico, vulgo cravo da India, nas ilhas de Bourbon e Cayena, etc. Trasladada em vulgar por Fr. José Marianno etc. Lisboa, na Offic. de João Procopio Corrêa da Silva 1798. 8.º de VIII-31 pag. com um mappa e uma estampa.

4261) Memorias e extractos sobre a pipereira negra (Piper nigrum L.) que produz o fructo conhecido vulgarmente pelo nome de pimenta da India. Publicadas por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1798. 8.º Com uma estampa.

4262) Alographia dos alkalis fixos vegetal ou potassa, mineral ou soda, e dos seus nitratos, segundo as melhores memorias estrangeiras, etc., por Fr. José Marianno, etc. Lisboa, na Offic. de Simão Thaddêo Ferreira 1798. 4.º.

4263) Jacob Dikson Fasciculus plantaram cryptogamiarum Britanniœ Lusitanorum Botanicorum, in usum celsissimi ac potentissimi Lusitaniœ Principis Regentis: Curante Fr. Josepho Marianno Velloso. Ulyssipone 1800. 4.º Com 13 estampas.

4264) Cultura americana, que contêm uma relação do terreno, etc. etc. (V. José Feliciano Fernandes Pinheiro.) Publicada por Velloso.

4265) Manual do Mineralogico, ou esboço do reino mineral, etc. (V. Martim Francisco Ribeiro de Andrade.) Publicada por Velloso.

4266) Memoria sobre os queijos de Roquefort, por Mr. Chaptal. Traduzida por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1799. 8.º.

4267) Collecção de memorias inglezas sobre a cultura e commercio do linho canamo, tiradas de differentes auctores, que devem entrar no tomo v do Fazendeiro do Brasil: traduzidas e publicadas por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1799. 8.º.

4268) Tratado sobre o canamo. composto em francez por Mr. Marcandier, etc. (V. Martim Francisco Ribeiro de Andrade.) Publicada por Velloso.

4269) Discurso sobre o melhoramento da economia rustica do Brasil, etc. (V. José Gregorio de Moraes Navarro.) Publicada por Velloso.

4270) Memoria sobre a cultura dos algodoeiros, etc. (V. Manuel Arruda da Camara.) Publicada por Velloso.

4271) Quinographia portugueza, ou collecção de varias memorias sobre vinte e duas especies de quinas, tendentes ao seu descobrimento nos vastos dominios do Brasil, copiada de varios auctores modernos. Lisboa, 1799. 8.º com 16 estampas illuminadas, sendo cinco de quinas verdadeiras, quatro de quinas falsas, e o resto de balsameiras.

4272) Helminthologia portugueza, em que se descrevem alguns generos das duas primeiras ordens, intestinaes e molluscos, da classe sexta do reino animal, vermes: por Jacques Barbut. Traduzida por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1799. 4.º com 12 estampas.

4273) Discurso practico ácerca da cultura, preparação e maceração do canamo, lido e approvado pela Real Sociedade Agraria de Turim, traduzido do italiano por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1799. 8.º com 2 estampas.

4274) Tentamen dispositionis methodicœ fungorum in classes, ordines, genera et familias. Cum supplementum adjecto auctore C. H. Persoon. Curante Fr. Josepho Marianno etc. Ulyssipone 1800. 4.º com 4 estampas.

4275) Aviario brasilico, ou galeria ornithologica das aves indigenas do Brasil, disposto e descripto segundo o systema de Carlos Linneo, copiado do natural e dos melhores auctores, precedido de diversas dissertações analogas ao seu melhor conhecimento, acompanhadas de outras extranhas ao mesmo continente. Por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1800. Fol., com uma estampa.

4276) Memoria sobre a moagem dos grãos, e sobre outros objectos relativos, por Mr. Muret: traduzida por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1800. 4.º.

4277) Naturalista instruido nos diversos methodos antigos e modernos de ajuntar, preparar e conservar os productos dos tres reinos da natureza, colhido de differentes auctores, por Fr. José Marianno etc. 1800. 8.º — Tracta do reino animal.

4278) Instrucções para se transportarem por mar as arvores, plantas vivas, sementes, e outras curiosidades naturaes, por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1805. 8.º.

4279) Memoria sobre a cultura da urumbeba, e sobre a creação da cochonilha, extrahida de Mr. Bertholet, etc., e copiada do 5.º tomo dos Annaes de Chimica, por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1799. 8.º com uma estampa.

4280) Sciencia das sombras relativas ao desenho: obra necessaria a todos os que querem desenhar architectura civil e militar, ou que se destinam á pintura, etc. etc. Por Mr. Dupain, traduzida por Fr. José Marianno etc. Lisboa, na Offic. de João Procopio Corrêa da Silva 1799. 4.º com 14 estampas.

4281) Tractado historico e physico das abelhas, etc. (V. Francisco de Faria Aragão.)

4282) Tractado sobre a cultura, uso e utilidade das batatas, ou papas solanum tuberosun, por D. Henrique Doyle, traduzido do hespanhol por Fr. José Marianno, etc. Lisboa, 1800. 8.º.

4283) Extracto sobre os engenhos de assucar do Brasil, e sobre o methodo já então praticado na factura d'este sal essencial; tirado da obra Riqueza e opulencia do Brasil, por Fr. José Marianno etc. Lisboa 1800. 4.º com 4 estampas.

4284) Relação das moedas dos paizes estrangeiros, com o valor de cada uma, reduzida ao dinheiro portuguez, para uso dos commerciantes, por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1800. 8.º.

4285) Tractado da agua, relativamente á economia rustica, ou irrigação dos prados, por Mr. Bertrand, traduzido por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1800. 4.º com 7 estampas.

4286) Memoria sobre a qualidade e sobre o emprego dos adubos, ou estrumes: por Mr. Massac; traduzida por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1801. 8.º.

4287) Ensaio sobre o modo de melhorar as terras, por Mr. Patullo, traduzido por Fr. José Marianno, etc. Lisboa, 1801. 4.º com 3 estampas.

4288) Collecção de memorias sobre a quassia amarga, e simaruba: traduzidas por Fr. José Marianno, etc. Lisboa, 1801. 4.º com 6 estampas coloridas.

4289) Compendio sobre a cana do assucar, e sobre os meios de lhe se extrahir o sal essencial por J. A. Dutrone: traduzido por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1801. 4.º com 6 estampas.

4290) Mineiro livelador, ou hydrometra, copiado do novo tractado de livelamento de Mr. le Febure, por Fr. José Marianno etc. Lisboa, 1803. 4.º 2 tomos com 7 estampas.

Além das obras referidas existe, ainda á venda no armazem da Imprensa Nacional, a seguinte, publicada por Velloso, e que não entrou no catalogo do sr. Lagos:

4291) Descriptio et adumbratio plantarum e classe cryptogamica Linnœi quæ Lichenes dicuntur. A D. Georg. Franc. Hoffmann P. P. E. Soc. Physiog. Lund. Memb. Lusitanorum Botanicorum in usum, celsissimi ac potentissimi Lusitaniæ Principis Regentes D. N. et jussu et auspiciis denuo typis mandata, curante Fr. Josepho Marianno Velloso. Ulyssipone, Typ. Domus Chalcographicæ ac Litterariæ ad Arcum Cæci. 1800-1801. 4.º 2 tomos com 48 estampas illuminadas (2).

(1) A Typ. de que se tracta foi supprimida por decreto de 7 de Dezembro de 1801, que a mandou incorporar na Imp. Regia.

(2) Tendo occasião de examinar uma parte dos escriptos, mencionados n'esta pagina, ou nas seguintes, dos quaes encontrei exemplares em poder do sr. Figanière, aproveito a opportunidade de preencher as indicações de alguns, (n.os 4266 a 4284) que n'este artigo ficaram incompletos; a saber:

4266. Impresso na Offic. de João Procopio Corrêa da Silva. De VII-31 pag.

4267. Impresso por Antonio Rodrigues Galhardo 1799. 8.º de VI-143 pag.

4268. Impresso em Lisboa, por Simão Thaddeo Ferreira 1799. 8.º de VII-90 pag.

4269. Impresso em Lisboa, pelo dito, 1799. 8.º de 20 pag.

4270. Impresso na Casa Litteraria do Arco do Cégo, 1799..4.° de V-80 pag., e mais seis innumeradas; com oito estampas e um mappa.

4273. Impresso por Simão Thaddeo Ferreira. De 70 pag.

4274. Typ. Domus Litt. ad Arcum Cæci. De IV-80 pag.

4279. Impresso por Simão Thaddeo Ferreira. De 45 pag.

4284. Impresso na Casa Litteraria do Arco do Cégo. De IV-XV-104 pag.

Accrescem mais as seguintes publicações de Velloso, que não se acham mencionadas no catalogo appenso ao Elogio historico:

1. Mineiro do Brasil, melhorado pelo conhecimento da mineralogia, e metalurgia e das sciencias auxiliadoras: por Mr. de Genssane: traduzido por Fr. José Marianno da Conceição Velloso. Lisboa, 1801. 4.º.

2. Memoria sobre a cultura do loureiro cinomomo, vulgo caneleira de Ceilão, que acompanhou a remessa das plantas da mesma, feita de Goa para o Brasil. Publicada por Fr. José Marianno, etc. Lisboa, na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira 1798. 8.º de 31 pag., com uma estampa. — Ha sobre o mesmo assumpto outra Memoria de Manuel Jacinto Nogueira da Gama, que irá no artigo competente, e uma terceira anonyma, que vem mencionada no Catalogo dos livros que se vendem na Imprensa Nacional (1853), a pag. 25.

Podia ainda ampliar-se a lista das obras dadas em nome de Velloso, accrescentando mais algumas por elle publicadas, porém de que não foi auctor nem traductor. — Ellas pódem ver-se nos artigos João Manso Pereira, José Feliciano Fernandes Pinheiro, Vicente Coelho de Seabra, etc.

II

FR. JOSÉ MARIANO DA CONCEIÇÃO VELLOSO, ou no seculo JOSÉ VELLOSO XAVIER

Amplie-se e complete-se o artigo d'este modo:

Filho de José Velloso da Camara e de Rita de Jesus Xavier. Vestiu o habito franciscano no convento de S. Boaventura em Macacú, em 1761; professou em 1762; recebeu as ordens sacras em 1766; eleito prégador em 1768. Em 1771 auxiliava os estudos de geometria no convento de S. Paulo, e então recebeu o titulo de confessor. Os seus estudos predilectos foram de botanica; e refere-se que, logo nos primeiros annos da vida claustral, transformára a cella n'um museu e n'um herbario. — Morreu de hydropesia na enfermaria do convento de Santo Antonio, do Rio de Janeiro, na noite de 13 para 14 de julho de 1811, sendo seguidamente a sua livraria, onde existiam alguns manuscriptos de Velloso, offerecida pelos religiosos á bibliotheca publica. Ficou sepultado no claustro.

Para a sua biographia veja-se tambem o Pequeno panorama ou descripção do Rio de Janeiro, pelo sr. dr. Moreira de Azevedo, tomo I, pag. 53 a 57; ou a nova edição Rio de Janeiro, pelo mesmo, tomo I, pag. 97 a 99; as Ephemerides nacionaes, do sr. dr. Teixeira de Mello, tomo II, pag. 19; Auto-biographia, de Macedo, tomo I, pag. 457 a 460; a Revista trimensal, elogio do sr. Saldanha da Gama, tomo XXXI, pag. 137 e 315; o Globo, artigo do sr. dr Ramiz Galvão, em os n.os 97 e 98, de 9 e 10 de novembro de 1874; e o folheto, anonymo, Portugal vingado, poema dedicado ao padre Velloso, em verso solto. Rio de Janeiro, na impressão regia, 1811. 4.º de 19 pag.

O primeiro tomo do texto da Florae Fluminensis (n.° 4258), foi impresso no Rio de Janeiro (Flumine Januario ex typ. nationali), 1825, ficando ainda uma parte inedita. Os onze tomos das estampas foram feitos em París (Florae Fluminonsis icones. Parisiis, ex Lith. Senefelder) 1827. N'esse mesmo anno, ao que se julga, saíu tambem em París o Index methodicus iconorum florae fluminensis. (Table alphabétique de la Flora Fluminensis.) Fol.

Antes d'isso, Velloso, segundo infiro de uma nota do catalogo da exposição de Historia do Brazil (pag. 1027), offerecêra ao quarto vice-rei Luiz Vasconcellos e Sousa, a quem elle depois dedicou a sua Flora, e a quem o douto padre devia singular protecção nas suas explorações botanicas, as duas seguintes obras:

9962) Mappa botanico para uso do ill.mo e ex.mo sr. Luiz Vasconcellos e Sousa, vice-rei do estado do Brazil. — Fol. de 21 pag. com muitas figuras intercaladas no texto. Existe o original na bibliotheca nacional do Rio de Janeiro.

9963) Descripção e classificação de varias plantas do Brazil. — É uma collecção de 31 estampas, representando diversas plantas, coloridas, e antecedidas de sua descripção em portuguez. — Ibidem.

Ácerca dos trabalhos para a Flora, leiamos o que escreveram tres dos auctores citados, pela ordem das publicações:

No Anno biographico (1876), tomo I, pag. 458: — «... deu principio a longas, penosas e fructuosissimas excursões botanicas que produziram a obra monumental, que elle intitulou Flora Fluminense. Em suas excursões teve por companheiros fr. Anastasio de Santa Ignez, escrevente das definições herboreas, e fr. Francisco Solano, admiravel desenhista creado por seu proprio dom natural, pois que não tivera mestres».

Mesma obra, pag. 459: — «O mais vasto trabalho saído de suas mãos, foi incontestavelmente a Flora Fluminense, onde numerosas plantas do Rio de Janeiro e seus arrabaldes figuram classificadas segundo o systema de Linneu. Obra citada a cada passo por todos os botanicos do mundo que se occupam da flora da America do Sul, não ha quasi familia botanica que não contenha generos ou especies creadas por Velloso. D'entre os primeiros e d'entre os segundos, diversos foram acceites, e outros figuram como synonomia. E, alem d'estes elementos indestructiveis para a sua gloria, como o Jabunesia Princeps nas Eupherbiaceas e outros, figurava o genero Vellosia nos annaes de botanica, como recordação do nome do illustre brazileiro».

No Rio de Janeiro (1877), do sr. dr. Moreira de Azevedo, pag. 98: — «Favorecido pelo vice-rei Vasconcellos, emprehendeu viagens e excursões para estudar melhor o reino vegetal, levando comsigo o frade franciscano fr. Solano, que encarregou-se de desenhar as plantas estudadas; e oito annos viajaram esses religiosos desprezando as fadigas, não attendendo ás intemperies do tempo; nas ilhas de Parahyba expoz-se fr. Velloso a tão ardente sol, que sobreveiu-lhe uma ophthalmia, que lhe durou oito mezes. Regressaram em 1790, trazendo fr. Velloso ao vice-rei um valioso mimo, a obra Flora fluminense ou descripção das plantas que nascem espontaneamente no Brazil, ornada com desenhos de fr. Francisco Solano».

Mesma obra, pag. 99: — «Julgava-se perdida a Flora fluminense, mas em 1825 o bispo de Anemuria encontrou-a na bibliotheca publica, e impressa por ordem de D. Pedro I na typographia nacional, sob a direcção do bispo de Anemuria e do dr. João da Silveira Caldeira, formou onze volumes, contendo a classificação de 1:640 vegetaes, pela maior parte de generos e especies novas, e 1:700 gravuras abertas em París».

Nas Ephemerides nacionaes (1881), do sr. dr. Teixeira de Mello, tomo II, pag. 19: — «Na obra monumental, a que nos referimos, collaboraram Francisco Manuel da Silva Mello, José Correia Rangel, José Aniceto Rangel, João Francisco Xavier, Joaquim de Sousa Marrecos, Firmino José do Amaral, José Gonçalves e o habilissimo pintor Antonio Alvares, que desenhou depois a bandeira republicana da revolução de Pernambuco de 6 de março de 1817».

Na exposição de historia do Brazil, em 1882, a sr.ª D. Joanna T. de Carvalho, que teve ali uma notabilissima collecção de documentos interessantes e preciosos, apresentou os originaes (em folio de 50 folhas) dos

Papeis e documentos relativos á impressão da Flora fluminense de fr. Velloso. 1826-1834.

Do codice Fazendeiro do Brazil (Cod. XXXVI, de 174 folh. 21 X 16), existente na bibliotheca nacional do Rio, encontro no catalogo, citado, pag. 1117, a seguinte descripção:

«Consta (este codice) de varias memorias, a saber:

«I. Memoria que contém observações theoricas e praticas sobre os seres, destinados a tapagem dos prados, dos campos, das vinhas, e dos novos bosques. — Trabalho curioso e util, que se não encontra no Fazendeiro do Brazil cultivador, publicado em 11 vol. de 8.º, de 1798 a 1806 em Lisboa, nem nas memorias de que falla Manuel Ferreira Lagos no seu Elogio historico de fr. Velloso. 8 folh. Está incompleto.

II. Memoria sobre o café. Dr. João Christovam Rieger, prussiano de Riewemburg. Trad. do latim. 11 fl.

III. Memoria sobre a curcuma — Gengibre de Louran. Trad. do Nouveau dictionnaire d'histoire naturelle). — Seguem-se duas outras memorias, antes extractos, sobre o mesmo assumpto. 3 fl.

IV. Fazendeiro do Brazil. Droguista. Folhas. Memoria 1.ª Serie de Hespanha. Memoria 2.ª (sobre a mesma materia). Memoria 3.ª (idem). — São extractos de obras europêas. 4 fl.

V. Caraguatá de gancho. Bromelia pinguin. Memoria 1.ª Caraguatá a canga (duas memorias ou extractos). 3 fl.

VI. Fazendeiro droguista. Memoria 1.ª Cascos. Angelim. Memoria 2.ª Angelim de Jamaica. Memoria 3.ª Angelim de Jamaica. Memoria 4.ª Angelim de Surinam. Memoria 5.ª Angelim de Granada. 8 fl.

VII. Tratado da cultura do tabaco nos differentes paizes. 11 fl. — Está tambem incompleto.

VIII. Memoria sobre o Kan-la-chu, que produz uma cera na China. 1 fl.

IX. Memoria sobre a mariposa, que dá assucar, 1 fl.

X. Extracto. Mariposas silvestres de seda da ilha de Madagascar. 1 fl.

XI. Extracto. Lacca. 1 fl.

XII. Insectos amigos. Bicho de seda silvestre. 1 fl.

XIII. Memoria 1.ª Abelhas da Europa na America. Memoria 2.ª (idem). 2 fl.

XIV. Bambu-arroz. Bambu-Assucar. Bambu (memoria). 3 fl.

Seguem-se muitas outras memorias ácerca de assumptos de historia natural, como sejam: canna, cannafistula, tamarindos (cerveja de tamarindos), turaria (incenso), alfavaca, pina (cortiça), mel, leite, pau-candeio, baunilha, limoeiros, esponjeira, cultura da mandioca, palmeiras da India, que dão cocos, nozes, palmeira caroço (marfim), palmeira cachepaes ou Jijiri, farinha, amidão, sagú, palmito, urucuri, Jeriba, copahyba, balsameira cabercuba, balsamo do Perú, gommas: Jetuiba (Amime), resina (pinheiro); belleza, fructos mastros; resina sangue de drago, resina kino, pau-seringa (gomma elastica), outros vegetaes que dão resina elastica; fructos, polpa: alfarrobeira da Europa, alfarrobeira da America, alfarrobeira do Chile; pomona, abacate, sustento; contra a effusão de sangue, a dysenteria, appetite reu; cocos nucifera, palmeiras da India, que produzem cocos nozes (2.ª), cultura do açafrão em Inglaterra, silva da praia, arriozes, tororiraia (tremoço silvestre do Egypto), cafeeiro coroado, atrombetado, encanutado, calçado, equitasolado, etc.; historia da tamareira louçan, historia geral da palmeira (dactilifera), oleos combustiveis: nhundysoguánaco ou llama selvagem, vigonha, camello de Arauco, raizes, sementes, golphão, lien-lien ou ki-teou (da classe dos golphãos); quinvan, sementes, lagrimas de Job ou de Nossa Senhora; farinha, pão.

Escripto tudo por letra de Velloso.

Anda juntamente:

Descripção: Uteis e cultura da arvore assucareira.

Escripta por letra diversa, mas podendo verificar-se que pertencêra a Velloso. 9 fl. — inumeradas. — 30×17».

No mesmo catalogo, citado, pag. 1100, sob o n.º 12:685, foi mais descripto:

Obras e chapas que fr. José Mariano da Conceição Velloso imprimiu e fez imprimir na officina do Arco do Cego, regia, e outras mais; o qual alcançou de sua alteza real a graça de lhe mandar vir da dita regia tanto as chapas, como um exemplar de cada uma das ditas obras para ajuntar á sua collecção. — É uma relação summaria das obras impressas pelo padre Velloso de lavra propria e alheia. Não traz data nem assignatura, «mas cumpre observar (escreve o esclarecido auctor do catalogo) que não foi escripta pelo illustre botanico, conforme se deprehende de umas notas ou indicações que occorrem no fim. Mostra ter sido escripta no Rio de Janeiro. 1811. Parece ser original.» Cod. CDI, na bibliotheca nacional do Rio. 2 fl. 30×20.

As chapas, que deviam de ser empregadas no Fazendeiro, e foram mandadas por ordem superior para o Rio de Janeiro, eram 130. Nos 11 volumes publicados em Lisboa, tinham sido estampadas umas 88. Aquelle numero consta de um documento muito interessante.

Innocencio alludiu a esse documento, mas não o reproduziu. Julgo, comtudo, que documentos d'esta ordem se devem divulgar, como subsidios preciosos para a historia politica e litteraria de Portugal. Ficam assim aclaradas e liquidadas responsabilidades mais ou menos graves, de quem quer que seja que as dever assumir; isentando-se de culpas a quem a tradição malevola ou ignorantemente adulterada as tivesse attribuido. Reproduzil-o-hei por isso na seguinte copia fidedigna:

«Ill.mo e ex.mo sr. — Tenho a honra de participar a v. ex.ª que se acham promptas para se embarcarem as obras e chapas constantes da relação que v. ex.ª me entregou no dia 4 do corrente, para serem remettidas á côrte do Rio de Janeiro, á excepção das seguintes:

Historia da chalcographia

Arte de fazer colla forte Porque nunca appareceram na impressão regia.

Tratado da fiação de seda Por ser da companhia que levou todos os exemplares.

Mineiro novel

Systema sexual

Arte de fazer o rhum

Vida da rainha D. Maria

Vida de D. Luiz de Ataíde Porque entraram em o numero dos que se venderam a peso por ordem da extincta junta, por incompletos, e falta de originaes.

E as chapas dos varões illustres, por pertencerem a uma sociedade em que entrou o padre Velloso; e dizem os socios, que tendo elle ficado com os lucros da venda, e dinheiro que tinham adiantado para a gravura d'ellas, guardaram as mesmas para não perderem tudo.

Devo, porém, lembrar a v. ex.ª que, remettendo-se as cento e trinta chapas do fazendeiro, fica inutilisada a obra sem estampas, e vão igualmente ser inuteis as chapas sem a obra. O mesmo se deve entender a respeito das do Atlas celeste.

Não posso, por esta occasião, deixar de repetir na presença de v. ex.ª, para o fazer constar a sua alteza real o principe regente nosso senhor, que todas essas obras e chapas foram impressas, gravadas, estampadas e traduzidas á custa do mesmo augusto senhor, com a despeza de mais de cincoenta contos de réis: que tudo o que veiu da officina do Arco do Cego foi encorporado na real fazenda da impressão regia, pelo decreto de 7 de dezembro de 1801, que mandou pagar pelo seu cofre as dividas d'aquella officina, importando em 9:774$623 réis; que o padre Velloso, depois de ter recebido no Arco do Cego o valor de 200 exemplares de cada mil das obras que fazia imprimir á custa da fazenda, feita a conta pelo preço da venda, que é o duplo do custo, tornou a repetir o mesmo na impressão regia, no tempo da sua administração interna, com a differença de levar os exemplares em especie; de maneira que veiu a receber, não 200 de cada mil, que por lei lhe pertenciam, mas sim 400, sendo 200 em dinheiro. Finalmente, que d'este padre não existe na impressão regia senão a memoria do dinheiro que lhe ficou devendo; a lembrança de não ter apresentado, apesar de decretos e avisos que lh'o ordenaram, os livros das contas do Arco do Cego; e os muitos e preciosos livros que tinha comprado á custa da fazenda; e, n'uma palavra, os indeleveis vestigios dos estragos e desordens que fez, e que v. ex.ª sabe quanto me tem custado a reparar. Elle teria reduzido a nada todo esse estabelecimento, se a devassa a que deram motivo os furtos e extravios que se verificaram no seu tempo, lhe não tivesse arrancado a administração interina.

Eu sei que devemos respeitar os mortos; mas tambem sei que todo o homem honrado tem obrigação de dizer a verdade ao seu superior, maximè, quando se trata de precaver a possibilidade de alguma surpresa.

Queira v. ex.ª dar-me as suas ordens sobre o que devo praticar a respeito do fecho e remessa dos caixotes. Deus guarde a v. ex.ª Impressão regia, em 10 de março de 1813. — (Assignado) Joaquim Antonio Xavier Annes da Costa.»

Por industria do padre Velloso fez-se a impressão do seguinte:

9964) Diccionario portuguez e braziliano, obra necessaria aos ministros do altar, que emprehenderem a conversão de tantos milhares de almas que ainda se acham dispersas pelos vastos sertões do Brazil, sem o lume da fé e baptismo. Aos que parocheam missões antigas, pelo embaraço em que n'ellas se falla a lingua portugueza, para melhor poder conhecer o estado interior das suas consciencias. A todos os que se empregarem no estudo da historia natural, e geographia d'aquelle paiz; pois conserva (sic) constantemente os seus nomes originarios e primitivos: por ***. Primeira parte. Lisboa, na officina patriarchal, 1765. 4.º de 8- (innumeradas)-IV-79 pag. — Tem prologo e advertencia ácerca da orthographia e pronunciação d'esta obra.

O padre Velloso serviu-se para fazer esta edição da copia de um ms. existente na bibliotheca nacional de Lisboa; e tratava de completar o seu trabalho, mandando imprimir a segunda parte, ou o Diccionario braziliano e portuguez, mas deixou-a incompleta. O sr. Valle Cabral, na sua Bibliographia da lingua tupi ou guarani, acompanha a descripção da obra acima (pag. 18 e 19) da seguinte nota: «O Diccionario portuguez e braziliano foi reimpresso na Bahia em 1854 por Silva Guimarães (João Joaquim), sem o prologo e advertencia que occorrem na primeira edição. Esta reimpressão, que foi acrescentada ou antes acompanhada de vocabularios de varios dialectos da lingua, saíu com titulo diverso... Ainda este diccionario foi integralmente reproduzido sob o titulo de Vocabulario dos indios cayús no tomo XIX (1856) da Revista trimensal do instituto historico do Brazil, de pag. 448 a 476, sendo offerecido o manuscripto, conforme ahi mesmo se declara, pelo sr. barão de Antonina. Eis uma circumstancia curiosa, que até agora passou despercebida».

O mesmo sr. Valle Cabral (obra citada, pag. 700) tambem menciona que fr. José Mariano não era muito fiel na copia que estava fazendo para a mencionada segunda parte.

A letra da copia existente na bibliotheca do Rio de Janeiro é do seculo XVI. — V. Dicc., tomo II, pag. 138, n.º 75.

A reimpressão feita por Silva Guimarães, natural da Bahia (de quem se deu incompleta indicação no Dicc., tomo III, pag. 389), e ao qual deveu o Brazil effectivamente uma das reimpressões da Grammatica, de Luiz Figueira, como ficou mencionado no tomo V, pag. 286), é a seguinte:

Diccionario da lingua geral dos indios do Brazil, reimpresso e augmentado com diversos vocabularios, e offerecido a sua magestade imperial, etc. Bahia, na typ. de Camillo de Lellis Masson & C.ª, 1854. 4.º de VI- (innumeradas)-59-2-34-2 pag. — Os vocabularios que Silva Guimarães addicionou á edição de Velloso, são: o da lingua principal dos indios do Pará; o da nação Botucuda; o da nação Camacam civilisada; o da nação Camacam Mongoyos; o da nação Mocom; o da nação Malali; o da nação Patachó; o da nação Tupinambá; o da nação Tamoyos; o da nação Tupiniquins; o da tribu Jupuróca, o da tribu Quató; o da tribu Machakalis; o da tribu Mandacarú; o da tribu Mucury; o de differentes tribus (Itapucurú, Macamecrom, Molopaque, Nheengaibas, Puris, Tobuyara, Timbira, Xumanas); o dos indios das aldeias de S. Pedro e Almeida; os dialectos de S. Pedro; e os dialectos de Almeida.

Pertence igualmente a fr. José Mariano a direcção da quarta edição da Arte de grammatica da lingua do Brazil, de Figueira, impressa em Lisboa em 1795. Edição mui incorrecta, como terei occasião de provar, quando mais adiante ampliar o artigo relativo a Luiz Figueira.

A respeito do Catechismo de doutrina christã nas linguas portuguezas e brazileira, do jesuita Bettendorf, e impresso por fr. José Mariano, veja-se o que ficou posto no Dicc., tomo X, pag. 256, art. P. João Filippe Bettendorf.

Na bibliotheca nacional do Rio de Janeiro existe mais de Velloso uma

9965) Descripção de varios peixes do Brazil. — Original, em latim. 4.º de 84 fl. innumeradas.

Recortes

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